Menina de dois anos em “estado crítico” após atropelamento em Munique

Duas das 36 pessoas estão em “estado crítico” e oito sofreram ferimentos graves. Os restantes feridos foram considerados ligeiros.

Notícia
Uma menina de dois anos está em “estado crítico” na sequência do atropelamento de um grupo de pessoas, que ocorreu na manhã de quinta-feira, em Munique. Segundo o mais recente balanço das autoridades alemãs, pelo menos 36 pessoas ficaram feridas.

Em conferência de imprensa, o vice-presidente da Polícia de Munique, Christian Huber, adiantou que duas das 36 pessoas estão em “estado crítico” e oito sofreram ferimentos graves. Os restantes feridos foram considerados ligeiros.

“Acho que evitamos que algo pior acontecesse. Não foi como se o agressor tivesse parado imediatamente. Gostaria de agradecer a todos os serviços de emergência no local”, disse, citado pela imprensa alemã. “Os nossos pensamentos estão com todos os feridos e as suas famílias”.

Já de acordo com a procuradora da cidade, Gabriele Tilmann, o suspeito – identificado como um afegão de 24 anos, requerente de asilo – confessou que “conduziu contra a multidão propositadamente”.

“Não queremos tirar conclusões precipitadas… Mas eu diria que, tendo em conta o que aconteceu, podemos presumir que se trata de um ataque extremista islâmico”, afirmou, acrescentando que o homem gritou ‘Allahu Akbar’  à polícia e rezou após ser detido.

Segundo as autoridades, o suspeito, Farhad N, vive em Munique desde que chegou como menor não acompanhado em busca de asilo, em 2016, e não tem antecedentes criminais. O seu pedido de asilo foi rejeitado, mas não foi forçado a sair da Alemanha devido a preocupações com a sua segurança no Afeganistão.

O incidente aconteceu quando decorria uma manifestação sindical numa praça perto do centro de Munique, contra a qual o homem conduziu o carro para atropelar as pessoas que ali estavam, incluindo crianças.

A cidade de Munique está sob um forte dispositivo de segurança, já que recebe hoje uma Conferência de Segurança, onde estarão presentes cerca de 60 chefes de Estado e de Governo, para discutir uma nova ordem mundial e os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente.