Esquerda falha tentativa de retirar PSD do poder na Madeira
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Chefe do Governo Regional desde 2015, quando os sociais-democratas venceram pela última vez na região com maioria absoluta, Albuquerque formalizou em 2019 uma coligação pós-eleitoral com o CDS-PP para manter a vantagem de 24 dos 47 assentos parlamentares e integrar os democratas-cristãos no executivo.
Em 2023, já com os dois partidos a concorrer em conjunto, a meta falhou por um lugar e o líder do PSD/Madeira fez um acordo de incidência parlamentar com a deputada única do PAN, que lhe retirou a confiança política após ser constituído arguido num processo sobre alegada corrupção, no final de janeiro.
Após a demissão do social-democrata, o que deixou a sua equipa em gestão, o Presidente da República dissolveu o parlamento e marcou eleições antecipadas, realizadas no domingo, com nova vitória laranja.
Feitas as contas na noite eleitoral, a direita – PSD (19), Chega (quatro), CDS (dois) e IL (um) – conseguia somar 26 lugares, a que se poderia juntar ainda o PAN, mas os partidos declararam ter reservas sobre entendimentos com os sociais-democratas.
Os socialistas, principal força da oposição, mantiveram os 11 assentos parlamentares do mandato anterior e o JPP, terceira força política na região, aumentou a sua bancada de cinco para nove elementos.
No domingo, Albuquerque afirmou-se disponível para assegurar um “governo de estabilidade”, mas o líder regional do PS, Paulo Cafôfo, considerou haver margem para construir uma alternativa.
O anúncio da proposta foi feito às 20h00 de segunda-feira, quando PS e JPP divulgaram, em conferência de imprensa, que iriam apresentar ao representante da República no arquipélago, Ireneu Barreto, “uma solução de governo conjunta”, ainda que sem maioria absoluta, e conversar com outros partidos.