Chefe da diplomacia ucraniana visita China entre terça e quinta-feira
“Oprincipal tema de discussão vai ser a procura de formas de travar a agressão russa e o papel da China na obtenção de uma paz duradoura e justa”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, em comunicado.
A China afirma ser neutra no conflito, mas nunca condenou a invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022 e recebeu várias vezes o Presidente russo, Vladimir Putin, no seu território desde o início da guerra.
Pequim apela regularmente ao respeito pela integridade territorial de todos os países, o que implicitamente diz respeito à Ucrânia, mas também apela à consideração das preocupações de segurança da Rússia.
Os líderes europeus têm apelado repetidamente à China para que utilize as suas boas relações e a sua influência sobre Moscovo para pôr termo à guerra, um pedido que Pequim considera que deve ser feito às partes envolvidas.
Mao Ning, porta-voz da diplomacia chinesa, revelou que Dmytro Kouleba vai reunir-se com o homólogo chinês, Wang Yi, mas não deu pormenores da agenda do ministro ucraniano.
Wang Yi considerou na semana passada que a questão mais urgente e o objetivo mais realista neste momento é desanuviar as tensões o mais rapidamente possível.
Em junho, as autoridades chinesas não participaram numa cimeira sobre a paz, organizada por Kiev na Suíça, para protestar contra a ausência da Rússia, que não foi convidada.
As autoridades ucranianas querem agora elaborar um plano para uma paz “justa” e tencionam convidar Moscovo a participar numa segunda cimeira.
Moscovo pede de facto a capitulação da Ucrânia para pôr fim à guerra, exigindo que Kiev renuncie à sua aliança com o Ocidente e aceite entregar as cinco regiões que a Rússia ocupa total ou parcialmente.