Militares israelitas detêm nove soldados por alegado abuso de detido
Uma investigação da agência de notícias Associated Press (AP) e relatórios de grupos de defesa dos direitos humanos expôs as condições desumanas nas instalações de Sde Teiman, o maior centro de detenção do país.
Um relatório da agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), lançado no início desse ano, afirmou que os detidos alegaram ter sido sujeitos a maus-tratos e abusos enquanto estavam sob custódia israelita, sem especificar as instalações. Os militares negaram, de um modo geral, os maus-tratos aos detidos.
Na sequência das acusações de tratamento severo, Israel afirmou que está a transferir a maior parte dos detidos palestinianos para fora de Sde Teiman e a modernizar.
Os meios de comunicação israelitas informaram que os polícias militares que chegaram a Sde Teiman, no sul de Israel, para deter os soldados foram recebidos com protestos e confrontos.
As detenções de soldados suscitaram protestos entre membros de extrema-direita do Governo de Israel, que condenaram a investigação sobre a sua conduta, dizendo que era uma afronta ao seu serviço.
Israel deteve milhares de palestinianos desde o ataque do Hamas, a 07 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza, segundo dados oficiais, embora centenas tenham sido libertados após os militares terem determinado que não estavam envolvidos no Hamas.
Os grupos israelitas de defesa dos direitos humanos afirmam que a maioria dos detidos já passou em algum momento por Sde Teiman.
Os mediadores internacionais estão a tentar que o Hamas e Israel cheguem a acordo sobre um acordo de cessar-fogo, que terminaria a guerra em Gaza e libertaria os restantes 110 reféns que ainda estão no enclave palestiniano.