25 de Abril. Partidos destacam líderes para discurso na AR, menos PSD
No caso do CDS-PP, força política liderada pelo ministro da Defesa, Nuno Melo, foi designado o presidente do Grupo Parlamentar, Paulo Núncio.
A sessão solene começa às 11:30 horas, cabendo o primeiro discurso à deputada do PAN, Inês de Sousa Real, seguindo-se Paulo Núncio (CDS), Rui Tavares (Livre), Paulo Raimundo (PCP, Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda), Rui Rocha (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Pedro Nuno Santos (PS) e Ana Gabriela Cabilhas.
A duração das intervenções de cada grupo parlamentar é de seis minutos, mas a de Inês Sousa Real, deputada única do PAN, será de apenas três minutos.
Como é habitual nas sessões solenes do 25 de Abril, antes da intervenção final de Marcelo Rebelo de Sousa, discursa o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, que, de forma inédita, este ano, representará institucionalmente o parlamento no desfile popular da Avenida da Liberdade em Lisboa.
Embora a sessão solene esteja apenas prevista para as 11:30, o cerimonial começa logo pelas 10:00 com a guarda de honra, constituída por um batalhão representando os três ramos das Forças Armadas, com Estandarte Nacional, banda e fanfarra, a postar-se no passeio fronteiro à Assembleia da República.
De acordo com o protocolo, os presidentes do Tribunal Constitucional e do Supremo Tribunal de Justiça chegam à Assembleia da República às 10.50 e 10.55 horas, respetivamente, e o primeiro-ministro às 11:00.
Pelas 11:14, o Pavilhão Presidencial será içado na varanda principal do Palácio de São Bento, altura em que José Pedro Aguiar-Branco se dirigirá ao ponto de chegada do Presidente da República, junto ao Estandarte Nacional.
Um minuto depois Marcelo Rebelo de Sousa recebe as honras militares, e a banda e fanfarra executam o hino nacional. A seguir, o chefe de Estado efetua revista à guarda de honra, acompanhado pelo presidente da Assembleia da República.
No final da sessão solene, o Presidente da República desloca-se ao Salão Nobre do parlamento para uma visita à exposição, intitulada, “A Nós a Liberdade”, organizada com a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva e que foi oficialmente inaugurada na terça-feira.
No ano passado, imediatamente antes da sessão solene do 25 de Abril, realizou-se uma cerimónia de boas-vindas ao Presidente do Brasil, Lula da Silva, que ficou marcada por um incidente causado pela bancada do Chega.
Logo que o Presidente do Brasil iniciou a sua intervenção os deputados do Chega levantaram-se e empunharam três tipos de cartazes, onde se liam “Chega de corrupção”, “Lugar de ladrão é na prisão” e outros com as cores das bandeiras ucranianas.
O Presidente do Brasil continuou o seu discurso durante mais alguns minutos, mas mal houve uma pausa as bancadas à esquerda e do PSD aplaudiram-no entusiasticamente, enquanto os deputados do Chega batiam na mesa, em jeito de pateada, o que levou o então presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva a intervir.
“Os deputados que querem permanecer na sala têm de se comportar com urbanidade, cortesia e a educação exigida a qualquer representante do povo português. Chega de insultos, chega de degradarem as instituições, chega de porem vergonha no nome de Portugal”, afirmou Santos Silva, visivelmente irritado.
Em seguida, Lula da Silva prosseguiu a sua intervenção, mantendo-se os deputados do Chega de pé e com os cartazes levantados, respondendo aos aplausos com pateadas.
No final, Santos Silva pediu desculpa a Lula da Silva em nome do parlamento português e agradeceu-lhe a “coragem e educação”, momento que foi aplaudido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.